Por Bruno Martelli Mazzo
09/03/2025
Este texto tem a intenção de orientar VOCÊ, Produtor Rural. Foi escrito por nós, para VOCÊ.
Em 2024 vivemos uma das maiores, senão a maior, secas da história em vários Estados do país, que foi longa e castigou demais a lavoura e as criações; a Academia Brasileira de Ciências afirmou que 2024 foi a pior seca da história do país[1] e o Governo Federal divulgou que a seca vivida no país teve início ainda em 2023[2], afetando de forma direta especialmente o Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil.
Também não podemos esquecer as terríveis enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024[3], deixando um rastro de destruição e tristeza; agora, ainda no final de 2024 e início de 2025, o sul do Brasil enfrenta secas que impactam a produção de soja[4].
As chuvas vieram no final de 2024 e início de 2025, o que animou o produtor. Depois das perdas do ano anterior, a perspectiva de chuvas no verão gerou a expectativa de grandes safras; na pecuária os criadores, ajudados pelos preços das carnes no mercado internacional, também se animaram com os preços e aumentaram seus plantéis e os negócios aqueceram.
Dias melhores sempre virão, afinal, para o Agronegócio, para o homem do campo, o trabalho e a fé nunca se abalam.
Infelizmente depois das chuvas do início de janeiro, especialmente no interior do Estado de São Paulo, veio mais um período de estiagem, o que vai impactar de forma direta as safras, com ênfase na cultura de amendoim; conforme dados da região de Tupã/SP, as perdas podem ser significativas[5].
É uma realidade que assusta o produtor, que fica sem saber o que fazer. E agora? Vou conseguir realizar a colheita? Qual será o resultado? A produção será suficiente para pagar os custos? Vou ter lucro? Vou ter prejuízos? Qual o preço vou encontrar no mercado na hora de vender? Vou conseguir vender? Como vou receber?
Essa é a vida do produtor rural. Sempre pressionado não só pelo trabalho, mas sempre exposto a muito mais risco que os demais empresários, porque, no final do dia, ele é o único a administrar uma empresa a céu aberto.
E aí surge a pergunta para todo produtor rural: o que vou fazer para pagar os custeios rurais ao Banco? Como vou pagar os financiamentos se não tive produção? Vou precisar vender alguma coisa, algum bem? Minha propriedade está hipotecada: será que se eu não pagar eu vou perdê-la? Se não tiver dinheiro para pagar, meu nome ficará “sujo”? Se meu nome ficar “sujo”, como vou conseguir novos custeios e continuar produzindo?
Estas perguntas, essa preocupação enorme passa a tomar conta da cabeça do produtor rural. Com tanta frustração, tanto trabalho “jogado fora”, tanto tempo, tanto sangue, suor e lágrimas foram derrubadas para a produção ser boa, mas, infelizmente, o clima, o mercado, outros fatores não permitiram que acontecesse.
Qual a primeira providência que o produtor toma? Procurar o Banco, o gerente do Banco, para ver o que pode ser feito. A partir da notícia da dificuldade do produtor em pagar o custeio, o “amigo” Banco começa a mostrar a realidade das coisas: não somos seus “amigos”: somos seus CREDORES. E essa é a realidade: o Banco é uma empresa, precisa ter lucro e vai querer receber. Ele está preocupado, de verdade mesmo, com você, produtor?
Sentimos em te responder que, não! Ele está preocupado em receber o valor que lhe emprestou. Essa é a verdade, verdadeira. O fato.
Neste momento que você, produtor rural, procura o Banco para ver o que pode ser feito, o que você quer? No mínimo que aquele “amigo” lhe dê toda a informação sobre os seus direitos, não é mesmo? O que se espera de um amigo? Que ele seja verdadeiro e lhe apoie nos bons e nos maus momentos.
Mas e se nós te contarmos que nem sempre o Banco te conta toda a verdade? Que ele não informa todos seus direitos? Você, produtor rural, acreditaria?
Pois é. Nós podemos afirmar que nem todos os seus direitos são explicados pelo “amigo” Banco quando você teve perdas e não conseguiu produzir e vender a produção para pagar o custeio, como era seu plano inicial.
Foi por saber disso, depois de muito estudar e monitorar decisões judiciais Brasil afora que nós decidimos abrir um escritório preparado para ajudar o produtor rural que perdeu sua safra, sua produção, seus animais, enfim, que de alguma forma, por motivos que não poderia controlar – portanto alheios à sua vontade – a enfrentar essa situação e fazer valer seus direitos.